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Os hélices são responsáveis por transformar toda a energia gerada pelos motores em força para impulsionar o casco, por isso estão para os barcos, como as rodas estão para os carros. Eles influenciam tanto na aceleração quanto no consumo, manobras e principalmente velocidade, porque cabe-lhes permitir que os motores atinjam, ou não, as rotações máximas indicadas pelo fabricante. E sem hélices adequados e bem ajustados, de nada adianta ter potência de sobra no motor: o barco renderá mal do mesmo jeito.

Entendendo a importância do hélice surgem dúvidas e aqui nesse artigo vamos responder algumas delas.

 

Quantas pás deve ter um hélice para motor de popa?

 

O número mínimo são duas e, mesmo assim, só veleiros e lanchas de competição usam hélices deste tipo, porque, quanto menos pás, maior a eficiência, mas também maior a vibração e mais lenta fica a aceleração. Para simples passeios, o ideal são os de três pás.
 

Qual o melhor tipo de hélice para puxar um esquiador?

Lanchas para esqui devem ter hélices com quatro ou cinco pás e que ficam totalmente submersas na água, para melhor arrancada e mais maciez na navegação. Mas saiba que muitos modelos de quatro pás geram de 50 a 100 rpm a menos que as de três, com o mesmo passo. Portanto, ganha-se de um lado e perde-se do outro.
 

Qual relação existe entre o passo e o desempenho do barco?

Se o passo for pequeno, a rotação do motor ficará alta demais e a eficiência do hélice será baixa. Mas, se, ao contrário, o passo for grande demais, o esforço do motor aumentará em baixas rotações e a aceleração será ruim. Tanto num caso quanto no outro, o consumo aumenta.
 

Qual o melhor tipo de hélice para barcos mais pesados?

O mais indicado são os hélices com grande diâmetro e passo pequeno, para ter melhores resultados em baixas velocidades. Se for necessário trocar o hélice por outro de diâmetro maior, mas o espaço for pequeno para isso, uma solução é aumentar o número de pás, para manter a força.
 

Diminuir o diâmetro e aumentar o passo deixa o barco mais rápido?

Não. O passo não pode ser trocado pelo diâmetro sem haver perda de eficiência e desempenho.
 

Qual a relação entre transmissão e desempenho do hélice?

Um hélice raramente gira na mesma velocidade do motor, porque isso exige muito mais força para mover o barco. Por isso, existe um sistema de transmissão por engrenagens que faz com que o número de giros do hélice seja menor que o do motor. É a tal ?relação de transmissão?, que nos motores de barcos é de cerca de 2:1, ou seja, a cada dois giros do motor, o hélice dá apenas um giro.
 

Como se calcula a velocidade de um barco pelo passo do hélice?

Para chegar a esse resultado é preciso, primeiro, dividir a rotação máxima indicada para o motor pela relação de transmissão e multiplicar pelo passo do hélice. Digamos que o passo seja 17 polegadas, a rotação 5 750 rpm e a relação de transmissão 1,85:1. Fazendo as contas (5 750 ÷ 1,85 x 17), teremos 52 837,84 polegadas por minuto ou 3 170 270 polegadas/hora. Para converter polegadas em quilômetros, multiplique este valor por 0,0000254 e o resultado será, então, 80,52 km/h ? o que, dividido por 1,852, dará a velocidade máxima em nós, de 43,5 nós. Mas, provavelmente, o barco não atingirá esta velocidade na rotação máxima, por causa do slip, ou escorregamento, que todo hélice tem. E para saber qual é o slip, basta calcular a diferença e transformá-la em porcentagem. Para hélices de lanchas rápidas, um slip em torno de 10% é bem aceitável.
 

A altura do motor tem influência no desempenho do hélice?

O hélice é diretamente afetado não só pela altura do motor como também pelo ângulo de inclinação do trim. Normalmente, quando se ergue o motor, o arrasto diminui e a velocidade melhora. Mas um motor instalado alto demais ou com o trim elevado pode causar ventilação, que acontece quando o hélice está muito perto da superfície, provocando aumento de giro do motor sem que a velocidade suba. A maioria dos hélices ventila durante a aceleração, mas se isso acontecer o tempo todo, é sinal de problemas.
 

É importante ter hélice reserva a bordo?

Sim, porque navegar com hélice danificado pode comprometer rolamentos, calços e outras partes da propulsão. Mas ter um hélice reserva só é útil para motores de popa. Se a motorização for de centro, a troca será tão complicada que só mesmo um mecânico conseguirá fazê-la. Neste caso, não adianta nem ter um a mais no barco.
 

É verdade que hidrofólios ajudam a diminuir a ventilação no hélice?

De fato, um hidrofólio instalado na placa anti ventilação do motor ajuda a reduzir a ventilação e isso faz com que o barco plane melhor, em rotação mais baixa. Em contrapartida, a velocidade de cruzeiro diminui e o consumo de combustível aumenta um pouco, porque o hidrofólio provoca atrito extra.
 

E se for um veleiro?

O hélice afeta a velocidade de um barco mesmo quando ele navega com o vento!

No caso de veleiros, o hélice pode, muitas vezes, fazer papel de vilão, porque, quando fora de uso, serve apenas para aumentar o arrasto do barco na água. E quanto maiores e mais numerosas forem as pás, pior. Na esmagadora maioria dos veleiros, o hélice é fixo, embora o mais indicado sejam os modelos com pás dobráveis, justamente para diminuir o arrasto quando a navegação estiver sendo a vela. Em condições normais de uso, os hélices de duas pás tendem a ser mais eficientes na relação benefício/prejuízo da navegação. Mas, em condições adversas, com mar grosso ou motor na aceleração máxima, os de três e quatro pás proporcionam maior impulso. Qual, afinal, é melhor? Bem, depende da situação.

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